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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A DIMENSÃO DO POETA


Vejo o poeta
Andando sob suas idéias
Percebo que a abstração
É a sua realidade mais concreta
Sua inspiração a coisa mais incerta
Porque ele não pode prever
Nem antecipar o que
Irá fazer
Sem saber...
Ele recebe o toque
A magia que o versejar
Traduz e produz
Em versos e reversos
Em encantos e desencontros
Em momentos de intensa solidão
O poeta é um ser solitário
Porque ele não se deixa preencher
Ele não se acomoda a mesmice
Ele vive a busca e a ausência
De tudo que tem
Que o detém
Que ainda não chegou a ter!
É um ser sempre incompleto
Porque a sua plenitude
Não é percebida num instante
Sua essência
Não pode ser definida
Em palavras somente
Ele não cabe dentro
Do seu invólucro
É um universo em expansão
Às vezes um universo de contradições
Mas tão verídico naquilo que é
O poeta é um ser além
Um passo a frente
Daqueles que com ele caminham
Porque ele anda noutra dimensão
Percebe detalhes que estão
Ocultos na nitidez da cena
Percebe coisas que
Somente sua capacidade
De filosofar pode detectar
Qual a sua dimensão?
Ele mesmo não saberá dizer
O poeta é uma dualidade
Mas não perde a sua
Própria identidade!


Luciano Costa ( 30/05/07)

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